A Obra da Convenção
A Convenção Nacional (1792-1794/95) é considerada como a segunda metade da Revolução Francesa, período este em que os populares (jacobinos) assumiram o comando da Revolução.
Anteriormente à queda da monarquia parlamentar, a burguesia proclamou a RepúblicaGirondina com o objetivo de assegurar os interesses e o poder político do Estado. Devido às tensões, a alta burguesia viu-se obrigada a retirar todo o poder ao rei, Luís XVI na altura, e consequentemente, a monarquia caiu.
Em 1792, os impérios austríaco e prussiano invadiram França, o que motivou uma reacção popular, que deu origem à Comuna Insurrecionalde Paris. Após o triunfo dos revolucionários, foi implantada a República, tendo sido constituído um novo governo, a Convenção, formada maioritariamente pelos jacobinos, pelos sans-cullotes e pelos Girondinos mais radicais.
Em janeiro de 1793, o rei Luís XVI foi guilhotinado com a acusação de traição à pátria. Os Jacobinos assumiram o controlo do poder político do Estado e a República Girondina caiu. Proclamou-se a República Jacobina e foi promulgada a Constituição de 1793. O voto passou a ser universal e foi estabelecida a Lei do Máximo, que especificava o valor máximo dos salários e dos preços. A reforma agrária teve início com a venda das terras pertencentes à nobreza e ao clero.
Robespierre, Danton e Marat, líderes do grupo radical, decidiram que, para alcançar um governo livre e democrático, era necessário governar de forma ditatorial, para assegurar as conquistas obtidas e as que ainda estavam por vir com a reforma. Com isso, todos aqueles considerados suspeitos de traição eram mandados para a guilhotina.

